Top 10 AI Prompts and Use Cases and in the Healthcare Industry in Portugal

By Ludo Fourrage

Last Updated: September 12th 2025

Profissional de saúde português usando IA no computador com ícones de prompts e cuidados médicos

Too Long; Didn't Read:

AI prompts in Portugal's healthcare accelerate triage (up to one‑third fewer chest X‑rays), cut clinical‑trial costs ≥40% and screening time up to 70%, enable Med‑Gemini MedQA 91.1% and 81% edit‑free EHR summaries (>900 hours/month saved), and demand practical training (15‑week bootcamp, $3,582).

A Inteligência Artificial já não é futuro distante para a saúde em Portugal: o White Paper da SPMS detalha como a IA transforma diagnóstico, tratamentos e gestão de sistemas clínicos e alerta para a regulamentação europeia que classifica e protege os usos de maior risco (White Paper: Inteligência Artificial na Saúde em Portugal - SPMS); iniciativas públicas e privadas - desde o prémio europeu à tecnologia iLoF do INESC TEC, que promete reduzir “em pelo menos 40% os custos de ensaios clínicos e até 70% o tempo de triagem” - até parcerias estratégicas como Luz Saúde + Deloitte + Google mostram investimento real em IA clínica (INESC TEC iLoF - tecnologia para ensaios clínicos (Jornal de Notícias) e projetos de transformação), mas a chave será formar profissionais capazes de usar estas ferramentas: para quem quer competências práticas, o bootcamp AI Essentials for Work ensina a escrever prompts e aplicar IA no dia a dia clínico e administrativo (AI Essentials for Work - syllabus e conteúdo (Nucamp)), traduzindo tecnologia em mais tempo para o cuidado e menos burocracia.

AtributoDetalhe
BootcampAI Essentials for Work
Length15 Weeks
CoursesAI at Work: Foundations; Writing AI Prompts; Job Based Practical AI Skills
Cost (early bird)$3,582
RegistrationInscrever-se no AI Essentials for Work - Registo Nucamp

“a Inteligência Artificial (IA) já nos permite ter uma segurança elevada” - Afonso Dias Alves, citado no Portugal Health Summit (Jornal de Negócios)

Table of Contents

  • Metodologia: Como selecionámos os Top 10
  • ChatGPT: Appointment Scheduling & Triage (pré-triagem e marcações)
  • Google Gemini: Clinical summarization of EHRs and visit notes
  • ChatGPT: Patient education materials and discharge instructions
  • Google Gemini: Telehealth consultation support for clinicians
  • Microsoft Copilot: Administrative automation (emails, autorizações, coding)
  • Sloneek: HR, recruitment and interview questions for healthcare roles
  • Sloneek: Onboarding and training checklists for clinical staff
  • Sloneek: Patient and staff surveys (satisfação, eNPS, cultura de segurança)
  • Power BI + Microsoft Copilot: Analytics and board reporting for healthcare managers
  • Prompt Engineering Paradigms for Medical Applications (Zaghir et al.): Research and prompt engineering
  • Conclusão: Próximos passos práticos para clínicas em Portugal
  • Frequently Asked Questions

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Metodologia: Como selecionámos os Top 10

(Up)

A seleção dos Top 10 combinou evidência local e padrões internacionais: foram priorizados casos de uso que os próprios médicos licenciados em Portugal identificaram como de maior impacto no inquérito nacional sobre IA em medicina (inquérito nacional de médicos em Portugal (PLOS ONE)), cruzados com critérios de confiança técnica e operacional extraídos do consórcio FUTURE‑AI (fairness, rastreabilidade, usabilidade, robustez e explicabilidade) descritos na guideline internacional publicada no BMJ (guia FUTURE‑AI sobre confiança em IA médica (BMJ)).

Cada caso de uso foi pontuado segundo três pilares: (1) benefício clínico e redução de carga administrativa, (2) aderência aos princípios de confiança e requisitos regulatórios e (3) aplicabilidade prática ao contexto português, incluindo impacto no emprego e necessidades de formação destacadas em análises locais sobre eficiência e adaptação profissional (adaptação profissional em Portugal - Nucamp AI Essentials for Work (syllabus)).

O método funcionou como um filtro prático: só passaram os prompts que equilibravam utilidade clínica com guardrails de segurança - um mapa de risco e valor que coloca confiança e usabilidade no centro da implementação em clínicas portuguesas.

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ChatGPT: Appointment Scheduling & Triage (pré-triagem e marcações)

(Up)

ChatGPT pode tornar a pré‑triagem e as marcações mais ágeis em clínicas portuguesas ao recolher sintomas, calcular um escore de risco e entregar esse resultado quando o paciente chega ao consultório, como descreve a revisão do Medscape sobre modelos de triagem para sintomas respiratórios - um mesmo algoritmo conseguiu dividir doentes em dez grupos de risco e, em cenários simulados, identificar pacientes de baixo risco capazes de evitar exames desnecessários (Revisão Medscape: triagem assistida por IA para sintomas respiratórios).

pronto quando o paciente entra no consultório

Em cenários simulados, esse sistema conseguiu eliminar uma proporção significativa de radiografias de tórax e reduzir incidentalomas, chegando a:

até um terço

Integrada com soluções de telemedicina e fluxos móveis já discutidos em protocolos sobre telemedicina e IA, esta abordagem permite encaminhar apenas quem realmente precisa de consulta presencial e acelerar respostas em surtos respiratórios (Resumo técnico sobre Telemedicina e IA - INPI / Telemedicina).

Para que o ganho de tempo se traduza em segurança, é essencial adaptação local e validação contínua - ver orientações práticas sobre implementação em Portugal e casos de uso clínico no nosso guia (Guia completo: utilização de IA na saúde em Portugal (2025)) - mantendo sempre supervisão clínica e registos que permitam auditoria dos escores.

Google Gemini: Clinical summarization of EHRs and visit notes

(Up)

O Google Gemini está a transformar a tarefa ingrata de resumir prontuários e notas de consulta em algo quase instantâneo: as versões clínicas do Gemini (Med‑Gemini) alcançam 91,1% no benchmark MedQA e mostram capacidades multimodais para sintetizar longos contextos de EHRs e imagens, oferecendo rascunhos de relatórios e simplificações que podem acelerar decisões clínicas (Med‑Gemini: pesquisa em IA médica - Google Research).

No terreno, exemplos como a Sami Saúde demonstram que, ao integrar o Gemini ao Workspace, é possível gerar 100% dos prontuários por IA e ter 81% dos resumos aprovados sem edição, libertando tempo operacional - mais de 900 horas por mês poupadas aos enfermeiros e ganhos de produtividade mensuráveis - o que, em clínicas portuguesas, pode significar menos papel e mais consulta presencial.

A promessa é clara, mas a pesquisa também sublinha que aplicações clínicas exigem supervisão humana e validação contínua antes de uso direto em decisões médicas.

CasoMétricaValor
Sami Saúde (implementação)Prontuários gerados por IA100%
Sami Saúde (implementação)Aprovação sem edição81%
Sami Saúde (implementação)Horas poupadas por mês (enfermeiros)>900 horas/mês
Med‑Gemini (pesquisa)MedQA (benchmark)91,1% de acurácia

“81% dos resumos são aprovados sem nenhuma edição.” - Paula Carsalade Rabello, CPO, Sami Saúde

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ChatGPT: Patient education materials and discharge instructions

(Up)

Para transformar informação clínica densa em mensagens que o paciente entende, modelos como o ChatGPT podem criar materiais de educação e instruções de alta utilidade - por exemplo, explicações simples sobre o que é pneumonia, sinais de alarme (febre alta, dificuldade respiratória, confusão nos idosos) e medidas práticas de casa: terminar sempre o antibiótico prescrito mesmo que os sintomas melhorem, repouso, hidratação e técnicas que ajudam a expectoração (a expetoração “cor de ferrugem” é um sinal que merece atenção); tudo isso alinhado com as recomendações usadas nas consultas e no internamento (CUF - Pneumonia: o que é, sintomas e tratamento).

Além disso, podem gerar instruções de alta personalizadas para grupos de risco - idosos, crianças pequenas e doentes crónicos - e lembrar follow‑ups clínicos importantes, como a radiografia torácica se não houver melhoria em 48–72 horas, ou a medição da saturação de oxigénio em casa quando indicada (Médis - Pneumonia: causas, sintomas e prevenção).

O resultado prático é um folheto digital claro que reduz dúvidas, reforça adesão e orienta quando procurar novamente cuidados, juntando prevenção (vacinas contra gripe e pneumococo) a instruções seguras e auditáveis.

Google Gemini: Telehealth consultation support for clinicians

(Up)

Na consulta remota, o papel de um modelo clínico avançado como o Google Gemini traduz‑se em apoiar o clínico a documentar e decidir mais depressa: ferramentas de scribe ambient (que já estão a mostrar poupanças reais de tempo) convertem a conversa numa nota SOAP estruturada e, depois, numa ficha SMART integrada no EHR, reduzindo a carga administrativa e libertando 1–2 horas por dia para mais contacto humano - um ganho tangível em clínicas portuguesas com agendas apertadas; além disso, boas práticas de telemedicina exigem verificação de identidade e localização do doente, registo de tempo exacto da sessão e campos objetivos (vitals, escalas) que the scribe deve captar e mapear automaticamente para o plano de cuidado, tal como descrevem guias práticos sobre notas SOAP em telehealth (Guia completo sobre notas SOAP em Telehealth - Upvio) e estudos de transformação que mostram como passar de SOAP para notas SMART com scribes IA (Transformação de notas SOAP para SMART com scribes de IA - Sunoh.ai).

A implementação em Portugal exige supervisão clínica, integração EHR e salvaguardas de privacidade para que a promessa de menos burocracia se traduza em mais tempo de consulta e maior segurança do doente.

“It definitely saves the providers a lot of time and burnout and weariness of having to make all of these clicks to document the progress note. Sunoh is smart enough to understand what diagnosis you are speaking about in the provider's everyday language.” - Esteban Gentle

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Microsoft Copilot: Administrative automation (emails, autorizações, coding)

(Up)

Microsoft Copilot oferece uma forma palpável de reduzir o trabalho administrativo que sufoca as clínicas portuguesas: integrado no Microsoft 365 e em EHRs, o Copilot transforma rascunhos de emails, sumariza longas cadeias de mensagens, gera cartas de referencia e after‑visit summaries e até captura pedidos e autorizações durante a conversa clínica, permitindo que o administrativo trate menos “clicks” e mais casos complexos; para tarefas de faturação e coding há ainda capacidades de automatizar a preparação de reclamações e sugerir códigos, reduzindo erros e recusas de pagamento conforme descrito em estudos de implantação e guias de uso do Copilot (Dragon Copilot - Microsoft for Healthcare) e em análises práticas sobre copilots para fluxos administrativos (Saxon AI - automação de faturação e workflows).

Para equipas que utilizam Outlook, Teams e Excel, o ganho é imediato: uma caixa de entrada cheia de pedidos e autorizações pendentes pode tornar‑se numa lista priorizada em minutos, mantendo controlos de privacidade e conformidade no mesmo ecossistema do dia a dia (Copilot integrado no Microsoft 365); o resultado prático é menos carga para enfermeiros e administrativos e mais tempo para o cuidado do doente, com impacto direto em receita e satisfação.

Casos/EstudoMétricaValor
Northwestern Medicine (DAX Copilot)ROI112%
Northwestern Medicine (DAX Copilot)Service‑level increase3.4%

“Dragon Copilot is a complete transformation of not only those tools, but a whole bunch of tools that don't exist now when we see patients. That's going to make it easier, more efficient, and help us take better quality care of patients.” - Anthony Mazzarelli, MD

Sloneek: HR, recruitment and interview questions for healthcare roles

(Up)

Sloneek aplicado ao contexto da saúde em Portugal funciona melhor quando assenta em fontes de recrutamento locais e processos públicos: cruzar anúncios de plataformas como a Vitae Professionals - onde surgem vagas recentes como “Enfermeiros Geriatria, Coimbra” - com os concursos e a ficha de candidatura eletrónica da SPMS garante que os perfis recrutados obedecem aos circuitos formais do SNS e mantêm confidencialidade; integrar esses fluxos numa checklist de entrevista ajuda a transformar semanas de triagem em decisões mais rápidas e justificáveis, por exemplo criando perguntas específicas para cuidados geriátricos, competências técnicas e disponibilidade por turnos.

Para equipas administrativas e diretores clínicos, o truque prático é mapear competências extraídas de anúncios (salários, mobilidade, experiência em bloco operatório ou cuidados continuados) e traduzi‑las em rubricas de avaliação standardizadas, reduzindo vieses e acelerando onboarding - uma abordagem que liga fontes públicas e privadas para que cada contratação seja rastreável e auditável.

FonteO que oferece
SPMS Recrutamento de Profissionais de Saúde (Recursos Humanos) - SPMSProcessos de recrutamento e ficha de candidatura eletrónica (confidencialidade)
Vitae Professionals Ofertas de Emprego para Profissionais de Saúde em PortugalListagens de vagas nacionais e internacionais (ex.: Enfermeiros Geriatria, Coimbra)
EmpregoSaude Portal de Vagas para Profissionais de Saúde (Portugal)Plataforma de publicação de vagas e gestão de concursos para profissionais de saúde

Sloneek: Onboarding and training checklists for clinical staff

(Up)

Para que um sistema de onboarding digital - como o fluxo de checklists que o Sloneek pode oferecer às clínicas portuguesas - funcione na prática, convém apanhar lições diretas de programas já maduros: por exemplo, exigir a submissão da foto do crachá com pelo menos uma semana de antecedência garante que o novo colaborador recebe o badge no primeiro dia e evita atropelos administrativos (Guia de integração de novos profissionais de saúde - Hartford HealthCare); outro pilar é a verificação de identidade e documentação por via remota ou presencial (processos claros reduzem falhas e atrasos), e uma etapa clínica pré‑início - listas de análises e vacinas - evita surpresas no primeiro mês.

Integrar estes passos num checklist automatizado e rastreável transforma semanas de burocracia em tarefas checáveis, com notificações, sessões virtuais de formação e espaços para registar certificados de formação contínua, como recomendado em guias de onboarding modernos (Checklist definitivo de onboarding para prestadores de cuidados de saúde - Assured).

O detalhe que fica: um novo colaborador que encontra o seu badge pronto e um plano de formação claro no primeiro dia percebe imediatamente que a clínica funciona - e isso conta muito para retenção.

EtapaExemplo prático
Foto do cracháSubmissão ≥1 semana antes para badge pronto no Dia 1
Verificação de identidadeOpções remota (video) ou presencial para validar documentação
Triagem médicaBloodwork/vacinas e questionários de saúde antes do início

Sloneek: Patient and staff surveys (satisfação, eNPS, cultura de segurança)

(Up)

Sloneek torna as pesquisas de satisfação dos doentes e dos colaboradores uma peça operacional, não apenas um relatório anual: automatizando envios pós‑visita, questionários breves no telemóvel e quiosques no corredor, capta o feedback quando as impressões estão mais frescas e transforma‑o em indicadores acionáveis como NPS, eNPS e métricas de cultura de segurança; o modelo prático recomenda incluir cinco perguntas‑chave (entre elas a questão do Net Promoter Score) mais blocos especializados por serviço para mapear pontos de atrito e higienizar processos (QuestionPro: Guia de inquéritos de satisfação dos doentes - perguntas essenciais e melhores práticas).

Boas práticas apontam para objetivos claros, anonimato opcional e questionários curtos para manter taxas de resposta elevadas, além de cumprir requisitos de protecção de dados e auditoria - essencial em contexto português quando se pretende usar feedback como evidência de melhoria contínua (SurveyMonkey: Práticas recomendadas para questionários de saúde e conformidade de dados).

O resultado prático: painéis regulares que sinalizam incidentes de segurança cultural e áreas de burnout antes que se tornem crises - imagine identificar um padrão de insatisfação numa equipa por causa de um turno mal rotacionado e corrigi‑lo antes de perder profissionais; essa é a diferença entre medir e realmente melhorar.

Power BI + Microsoft Copilot: Analytics and board reporting for healthcare managers

(Up)

Para gestores clínicos e administrações em Portugal, combinar Power BI com o Microsoft Copilot significa transformar relatórios trimestrais e “board packs” em painéis vivos que respondem em tempo real: monitorização de admissões e ocupação de camas, análises de Length of Stay (LOS) por serviço e alertas operacionais que assinalam picos de pressão antes de bloquearem o fluxo - tudo apresentado com visuais claros e narrativas geradas automaticamente pelo Copilot, que permite perguntar ao relatório em linguagem natural e obter DAX ou resumos executivos num instante (Healthcare Analytics Dashboard Power BI template for hospitals).

Na prática isto reduz tempos de decisão, expõe ineficiências de faturação e orienta planeamento de pessoal com base em dados históricos e streaming; além disso, as directrizes de implementação do Copilot mostram como preparar modelos e definir governança para que as sugestões geradas sejam fiáveis e rastreáveis (Microsoft Copilot for Power BI overview and implementation guide).

O resultado para uma clínica portuguesa é simples e concreto: relatórios auditáveis, menos Excel espalhado em drives e painéis que permitem ao conselho ver a ocupação hospitalar “num relance”, com filtros por diagnóstico, idade e custo por procedimento.

Caso de usoO que entrega
Monitorização de admissões e ocupaçãoVisão em tempo real para reatribuição de camas e redução de tempos de espera
LOS & tendências de altaPrevisões e análises históricas que suportam planeamento de recursos
Copilot - Q&A e geração de relatóriosResumos em linguagem natural, geração de DAX e narrativa executiva automatizada

Prompt Engineering Paradigms for Medical Applications (Zaghir et al.): Research and prompt engineering

(Up)

O scoping review de Zaghir et al. sobre paradigmas de prompt engineering em aplicações médicas coloca um mapa prático para clínicas em Portugal: desde técnicas que extraem informação clínica de notas até templates que melhoram a legibilidade de materiais para o doente, a literatura mostra que a engenharia de prompts não é só

“truque”

- é uma forma de reduzir ambiguidade e tornar outputs auditáveis e reproduzíveis.

Estudos recentes confirmam isso na prática: uma revisão sistemática dedicada à educação do paciente encontrou que prompts bem desenhados aumentam a clareza e, por vezes, a precisão dos textos gerados (Prompt engineering para materiais de educação do paciente - medRxiv), enquanto avaliações empíricas demonstram metodologias robustas para extração clínica zero‑shot que podem ajudar a automatizar sumários e codificação (Avaliação de estratégias de prompting - MedInfo).

Para o contexto português o ponto prático é claro: investir em bibliotecas de prompts validadas (versão em português, alinhada às guidelines locais) cria folhetos e resumos que os doentes entendem - imagine um resumo de alta que cabe numa notificação SMS e evita uma ida desnecessária ao centro de saúde; a investigação de Zaghir et al.

oferece a estrutura para chegar lá com segurança (Prompt Engineering Paradigms for Medical Applications - JMIR).

EstudoFocoAchega-chave
Zaghir et al. (JMIR)Paradigmas de prompt engineeringRevisão de abordagens e técnicas para aplicações médicas
Mudrik et al. (medRxiv)Prompt engineering para educação do pacienteMelhora clareza e, por vezes, precisão dos materiais
Sivarajkumar et al. (MedInfo)Estratégias de prompting em NLP clínicoAvaliação empírica de metodologias para extração clínica

Conclusão: Próximos passos práticos para clínicas em Portugal

(Up)

Para converter promessa em prática, as clínicas em Portugal devem seguir passos curtos e concretos: alinhar qualquer piloto com os requisitos legais e de risco descritos no White Paper da SPMS sobre IA na saúde (White Paper SPMS - Inteligência Artificial na Saúde em Portugal); priorizar intervenções de alto impacto (triagem/telemedicina, chatbots para literacia em saúde e sumarização de prontuários) que respondam aos 8 desafios identificados pelo setor e que melhorem acesso e prevenção (EFFICAZX - Os 8 desafios da saúde em Portugal); investir em formação prática para equipas administrativas e clínicas - por exemplo através de programas que ensinam a escrever prompts e integrar ferramentas de forma segura (AI Essentials for Work bootcamp - Aprenda a usar IA no trabalho | Nucamp); e medir resultados operacionais e de segurança desde o primeiro mês, iterando com supervisão clínica.

O objetivo é simples: implantar tecnologia que liberte tempo para o cuidado (um folheto de alta claro que cabe numa notificação SMS, por exemplo) enquanto se garante auditabilidade, privacidade e equidade no serviço.

Frequently Asked Questions

(Up)

Quais são os principais casos de uso de IA na saúde em Portugal e que benefícios comprovados apresentam?

Os principais casos de uso incluem pré‑triagem e marcações (chatbots/triagem), sumarização clínica de EHRs (Google Gemini/Med‑Gemini), materiais de educação do doente e instruções de alta, suporte a consultas de telemedicina (scribes ambient), automação administrativa (Microsoft Copilot), recrutamento/onboarding e surveys (Sloneek), e analytics de gestão (Power BI + Copilot). Benefícios documentados: triagem que pode reduzir radiografias torácicas e incidentalomas em até um terço; Med‑Gemini com 91,1% no benchmark MedQA; implementação Sami Saúde: 100% dos prontuários gerados por IA, 81% dos resumos aprovados sem edição e >900 horas/mês poupadas aos enfermeiros; INESC TEC (iLoF) promete reduzir em pelo menos 40% os custos de ensaios clínicos e até 70% o tempo de triagem; estudos de copilots mostram ROI (ex.: Northwestern DAX Copilot ROI 112% e aumento de service‑level 3,4%).

Como foram selecionados os "Top 10" prompts e casos de uso do artigo?

A seleção combinou evidência local e padrões internacionais: priorizou casos apontados por médicos licenciados em Portugal (inquérito nacional) e cruzou esses inputs com critérios de confiança técnica e operacional do consórcio FUTURE‑AI (fairness, rastreabilidade, usabilidade, robustez e explicabilidade). Cada caso foi pontuado por três pilares: (1) benefício clínico e redução da carga administrativa, (2) aderência a princípios de confiança e requisitos regulatórios, e (3) aplicabilidade prática ao contexto português (impacto no emprego e necessidades de formação). Só passaram prompts que equilibraram utilidade clínica com guardrails de segurança.

Que requisitos regulatórios e de segurança devem as clínicas portuguesas cumprir ao implementar IA?

As clínicas devem alinhar pilotos com o White Paper da SPMS e com a regulamentação europeia que classifica usos de maior risco. São essenciais: supervisão clínica contínua, validação local e periódica dos modelos, registos auditáveis dos escores e decisões, proteção de dados (RGPD), governança para rastreabilidade e explicabilidade, e mecanismos para mitigar vieses. Recomenda‑se medir resultados operacionais e de segurança desde o primeiro mês e manter documentação que permita auditoria e conformidade.

Como podem as equipas adquirir competências práticas para usar IA na rotina clínica e administrativa?

Formação prática é crítica. Um exemplo disponível é o bootcamp "AI Essentials for Work": 15 semanas, com cursos "AI at Work: Foundations", "Writing AI Prompts" e "Job Based Practical AI Skills"; custo early‑bird indicado de US$3,582. Programas assim ensinam engenharia de prompts, integração com fluxos clínicos e administrativos e práticas de governação para traduzir tecnologia em tempo para o cuidado e menos burocracia.

Quais são os primeiros passos práticos que uma clínica em Portugal deve seguir para iniciar pilotos de IA?

Passos recomendados: (1) alinhar o piloto com requisitos legais e o White Paper da SPMS; (2) priorizar intervenções de alto impacto (triagem/telemedicina, chatbots de literacia, sumarização de prontuários); (3) definir métricas operacionais e de segurança antes do arranque e medir desde o primeiro mês; (4) validar localmente e manter supervisão clínica; (5) integrar com EHR e salvaguardas de privacidade; (6) criar bibliotecas de prompts em português e planos de formação para equipas; (7) iterar com base em resultados e auditorias para garantir equivalência de segurança e benefício.

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Ludo Fourrage

Founder and CEO

Ludovic (Ludo) Fourrage is an education industry veteran, named in 2017 as a Learning Technology Leader by Training Magazine. Before founding Nucamp, Ludo spent 18 years at Microsoft where he led innovation in the learning space. As the Senior Director of Digital Learning at this same company, Ludo led the development of the first of its kind 'YouTube for the Enterprise'. More recently, he delivered one of the most successful Corporate MOOC programs in partnership with top business schools and consulting organizations, i.e. INSEAD, Wharton, London Business School, and Accenture, to name a few. ​With the belief that the right education for everyone is an achievable goal, Ludo leads the nucamp team in the quest to make quality education accessible